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Nave “vagina” se opõe aos foguetes

Yonic visa combater a prevalência de naves fálicas

Por Redação
Atualizado em 13 mar 2022, 13h19 - Publicado em 12 mar 2022, 19h00
Nave Yonic
(Wer Braucht Feminismus?/Dezeen)

Você já parou para pensar no formato dos foguetes? Um grupo de arte feminista alemão, ao perceber a forma dominante da máquina, revelou um conceito de nave espacial em forma de vulva, que está incentivando a Agência Espacial Européia a produzir para melhor representar a humanidade no espaço e “restaurar a igualdade de gênero no cosmos”.

O grupo Wer Braucht Feminismus? (WBF?), que se traduz em “Quem precisa do feminismo?”, criou a ideia de uma nave espacial vulva para desafiar a convenção do design de naves espaciais fálicas. Chamada Yonic, ela foi projetada para sinalizar inclusão e o grupo iniciou uma petição no change.org pedindo à Agência Espacial Europeia que considere o projeto.

Gif The Office
(Reprodução/Giphy)

“O projeto adiciona outra dimensão à representação da humanidade no espaço e está comunicando ao mundo que qualquer pessoa tem um lugar no universo, independentemente de sua genitália”, disse a organização.

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WBF? argumenta que, além de ser simbolicamente inclusiva, a nave seria “surpreendentemente aerodinâmica”, porque a forma em V cria pouco arrasto à medida que deixa a atmosfera da Terra – provando que há espaço para formas não fálicas no espaço.

“Nós nos atrevemos a mudar o status quo nas viagens espaciais: novas formas no espaço revolucionarão nosso pensamento, nossas ações e tudo o que pensamos ser verdade”, disse o grupo.

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Tweets recentes da WBF? incluem uma citação da cosmonauta soviética Valentina Tereshkova, a primeira mulher no espaço: “Um pássaro não pode voar com uma asa apenas. O vôo espacial humano não pode se desenvolver sem a participação ativa das mulheres”.

Nave Yonic
(Wer Braucht Feminismus?/Dezeen)

O grupo também vem compartilhando fatos históricos sobre mulheres em viagens espaciais com a hashtag #spaceisforevereveryone e adotou o slogan “É hora de novos símbolos no espaço”.

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“O espaço é para todos! Com nossa missão, provamos ao mundo que a igualdade de gênero tem lugar no espaço. Não estamos apenas inspirando viagens espaciais, mas também reescrevendo a narrativa de gênero”, disse Jasmin Mittag, fundadora do WBF?.

Mittag, um artista e ativista, começou WBF? em 2012 para chamar a atenção para questões feministas e inspirar as pessoas a construir a igualdade de gênero. O principal projeto do grupo até agora foi a exposição itinerante What Is Feminism Today?, que contou com fotografias de pessoas segurando declarações refletindo sobre o que o feminismo significa para elas.

Embora a maioria das naves espaciais tenha uma forma alongada, outra alternativa recente é a nave espacial Netuno, da empresa de turismo espacial Space Perspective, que usa um balão bulboso.

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*Via Dezeen

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