Os problemas são muitos: fortalecer a afinidade entre a cidade e o rio; revitalizar uma zona portuária decadente; e lidar com os dilemas de sustentabilidade no clima quente e úmido da região amazônica, que provoca cheias anuais de até 14 m de altura. Se depender das ideias do Estudio Mono, a solução virá de múltiplas frentes. Imaginado pelos arquitetos Alejandro Alaniz, Christian Barrera, Ivan Baez e Patricio Cuello, o terminal avançará sobre as águas na forma de estrutura de concreto (em módulos de 20 x 40 m), reduzindo o tempo e o impacto da obra. A cobertura de chapas de aço galvanizado acomodará nichos côncavos para coletar a água da chuva, destinada ao uso sanitário. Ligado ao Centro por vias elevadas, esse porto (ainda apenas uma proposta) sugere a dissolução dos limites rígidos entre infraestrutura e território, desafando, segundo o enunciado do grupo, “a lógica fragmentária característica das arquiteturas do século 20, monofuncionais e extensas”. Estacionamento público, espaços de lazer e turismo entram na receita dessa intervenção, que também adiciona verde à cidade, surpreendentementecarente dessa oferta – atualmente, Manaus ocupa o 10º lugar entre as capitais brasileiras mais arborizadas.
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Projeto de plataforma aquática para o Rio Amazonas é premiado
O projeto-embrião do coletivo argentino Estudio Mono levou o prêmio Holcim Awards “Next Generation” 2015 ao propor uma plataforma aquática multifuncional na capital do Amazonas
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