Grandes chances que você tenha ido à farmácia recentemente procurar o item mais valioso dos últimos tempos: álcool gel. Isso mesmo, aquela substância mágica, capaz de dizimar qualquer doença. Pelo menos é o que parece, já que os estoques acabam em minutos.
A verdade é que o álcool gel é uma forma eficiente de higienizar as mãos quando não há uma pia com água e sabão disponível. O que você pode não saber, porém, é que a pessoa responsável por sua criação é uma mulher de origem latina. A estudante de enfermagem Lupe Hernandez desenvolveu o produto no ano de 1966, em Bakersfield, nos EUA.
A motivação de Lupe era a disponibilidade de água e sabão para os profissionais de saúde, já que muitas vezes eles precisam correr de um local para outro ou ficar em locais com muitos pacientes. Pensando nisso, a enfermeira concluiu que uma versão em gel do álcool era uma boa solução para o problema: álcool é capaz de matar bactérias e por estar em forma gel ele podia ser transportado, depois do uso ele evapora.
A invenção foi muito além dos hospitais e tornou-se um sucesso comercial. Em outras epidemias, como H1N1 e gripe aviária, o álcool gel era protagonista em locais públicos, nas escolas ou afixado em dispensers nas paredes. Em 2015, o mercado do item era avaliado em 250 milhões de dólares somente nos EUA. Em 2020, segundo a Companhia Nacional de Álcool (CNA) a demanda no Brasil cresceu 1.700%.
Mesmo com tamanho impacto, pouco se sabe sobre Lupe. Não se sabe se ela chegou a lucrar com sua criação nem mesmo se ela ainda está viva. O que sabemos é que o álcool gel é fundamental hoje para prevenir o contágio de doenças infecciosas e protege milhares de pessoas. Obrigada Lupe Hernandez!