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No Dia Mundial do Meio Ambiente olhe e reflita sobre a Amazônia

A data foi oficialmente criada para refletir sobre a natureza e agradecer pelo Planeta que habitamos. Porém, o momento não é de muita celebração...

Por Alex Alcantara
Atualizado em 4 jun 2020, 15h18 - Publicado em 4 jun 2020, 14h53
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(Reprodução/Casa.com.br)

Em 5 de junho, é comemorado do Dia Mundial do Meio Ambiente, uma data para refletir sobre a natureza e agradecer pelo Planeta que habitamos. O marco foi instituído pela ONU, em 1972, com o objetivo principal chamar a atenção de todas as esferas da população para os problemas ambientais e para a importância da preservação dos recursos naturais.

Porém, o momento não é de muita celebração… estamos em uma situação pandêmica, onde as autoridades têm flexibilizado desmatamentos, queimadas, uso de agrotóxicos, em prol do lucro, maximizando a problemática da Covid-19 e criando uma crise política e ambiental no Brasil.

Dado o cenário, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, PNUMA, promove uma série de lives e encontros virtuais na data, para lembrar da importância do dia e conscientizar as pessoas sobre o momento que estamos vivendo e o que podemos fazer em relação a isso.


Vírus x Desmatamento x Política

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(Reprodução/Animal Equality Brasil/Casa.com.br)

Segundo um estudo feito pelo Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Brasil, uma iniciativa do Observatório do Clima, o Brasil vai na contra mão mundial no que diz respeito as diminuições de gases do efeito estufa – um dos maiores causadores do aquecimento global.

“Com recordes de desmatamento, o país deve aumentar de 10% a 20% das emissões. A diminuição da atividade na indústria, no transporte e na geração de energia por conta do isolamento social atual acaba sendo pequena por aqui, comparada com a questão ecológica”, afirma engenheiro florestal Tasso de Azevedo, que coordenou o levantamento.

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(Reprodução/Casa.com.br)

No mundo, principalmente neste momento de isolamento social, a poluição, a emissão de gases nocivos e o número de mortes, por consequência disso tudo, diminuiu, de acordo com os pesquisadores do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG). O estudo ainda mostra que, cerca de 50 mil vidas podem ter sido salvas com a paralisação de fábricas e diminuição drástica do trânsito na China.

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Porém, aqui no Brasil, o momento é oportuno para “a boiada passar”, e os índices de desmatamento e poluição avançam, levando os brasileiros a se preocuparem, não somente com o vírus, mas também com as questões políticas e ambientais. Um levantamento do IBGE apresentou que 90% dos municípios brasileiros possuem problemas ambientais, e entre os mais relatados estão as queimadas, o desmatamento e o assoreamento.

Sobre todos esses dados, o Ministério do Meio Ambiente declarou que os responsáveis pelos estudos “não têm postura construtiva e sobrevivem do alarmismo e de angariar fundos para falar mal do Brasil dentro do país e no exterior”. Mas será?

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(Reprodução/Casa.com.br)

Para complementar esse cenário apocalíptico, os cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, alertaram sobre a taxa de desmatamento que, entre agosto de 2019 e 14 de maio de 2020, já representa 89% da área desmatada do ano anterior. No mesmo período, também foram detectados 78.443 focos de queimadas na Amazônia, quantidade maior do que no mesmo período de 2018 e 2019.

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(Reprodução/Casa.com.br)

Se você acha que não pode ficar pior, as queimadas e o desmatamento influenciam diretamente no contagio da Covid-19. “Quanto mais tempo demorarmos para controlar a epidemia, mais provável é que uma grande quantidade de pessoas afetadas por Covid estejam também expostas à fumaça das queimadas. Isso pode aumentar o número de doenças por Covid, junto com um elevado número de doenças respiratórias por queimadas”, afirma Luiz Aragão, do INPE, um dos pesquisadores que assinam a nota técnica.


Motivações virtuais para mudanças reais

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(Divulgação/Casa.com.br)

Dado o momento de isolamento e de distanciamento social, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, PNUMA, organizou uma série de encontros virtuais para alertar sobre a preservação da natureza e promover atitudes que possam ser levadas para o âmbito real-offline.

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“Neste Dia Mundial do Meio Ambiente, vamos nos unir virtualmente e marcar a semana do 5 de junho com uma série de atividades para estimular reflexões sobre o momento atual, destacar a interdependência entre a saúde humana e a do planeta e buscar entendimentos sobre como construir um mundo melhor no pós-pandemia”, anunciaram via site oficial.

O objetivo, segundo a representante do PNUMA no Brasil, Denise Hamú, é usar esse momento complexo e difícil que a pandemia nos impôs para repensarmos nossas ações em relação ao meio ambiente.

Uma dessas ações promovidas é a “Hora da Natureza: Reflexões sobre o Amanhã“, realizada em parceria com o Museu do Amanhã. Na quinta-feira (4), às 16h, Rosiska Darcy e Sebastião Salgado se unem a Fábio Scarano para uma conversa de alto nível sobre meio ambiente, ser humano e os futuros possíveis que desejamos construir.

No Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, uma série de eventos virtuais estão marcados para intensificar o engajamento com a causa. Você pode conferi-los clicando aqui!

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Nem tudo está perdido

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Aerial Shot of Amazon rainforest in Brazil, South America (Reprodução / Ildo Frazao/Exame.com)

Sabemos que diversos órgãos, instituições e ONGs fazem muito pelo planeta e pelo Brasil, e é de nosso conhecimento também que pequenas ações rotineiras podem contribuir para um mundo melhor e equilibrado.

Mas, hoje (04), uma notícia alegrou o coração daqueles que se importam com o meio ambiente (que, convenhamos, deveriam ser todos, afinal não existe Planeta B…).

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(Reprodução/Casa.com.br)

O Fundo Mundial para o Meio Ambiente Mundial (GEF, nas sigla em inglês) liberou recursos para projetos de defesa da biodiversidade e proteção das águas internacionais, incluindo um no Brasil, anunciou a FAO em Roma. Vinte e quatro projetos em cinco continentes receberão 176 milhões de dólares. A decisão foi tomada durante a 58ª reunião do conselho do GEF, a primeira organizada de forma virtual.

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Vista das grandes extensões da Amazônia. (Reprodução / Jody Amiet / AFP/Casa.com.br)

Alguns projetos se concentram na proteção das águas internacionais e transfronteiriças, particularmente entre Brasil e Uruguai, para gerenciar em conjunto o grande lagoa Mirim, “um vasto lago de água doce que abriga milhões de aves migratórias”, explicou a FAO em um comunicado.


Por fim, celebre e reflita sobre seus atos

É muito importante, mesmo em situações que nos vemos desamparados, continuar lutando pelo país e pelo meio ambiente. Pequenos atos rotineiros, como diminuição do consumo de carne, separação dos resíduos de forma correta, reciclagem, economizar água e energia, apostar em uma alimentação mais saudável e orgânica e diminuir o consumo de plástico, já faz uma enorme diferença no ecossistemae o planeta agradece!

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