Amplamente utilizadas em projetos residenciais, corporativos e comerciais, as plantas preservadas estão ganhando cada vez mais as residências brasileiras, principalmente devido a aparência natural, alta durabilidade e baixa necessidade de manutenção.
Mas você sabe como são essas plantas ou como utilizá-las nos ambientes? Para não clarear as questões, os profissionais Priscila e Bernardo Tressino, sócios à frente do escritório PB Arquitetura, reuniram informações sobre essa nova tendência que promete mais beleza e conexão com a natureza.
O que são?
Plantas preservadas x plantas artificiais
O arquiteto Bernardo Tressino explica que as plantas preservadas são espécies naturais que passaram por uma técnica de conservação que mantém a integridade e as características, de forma a se manter folhagem e textura – traço que as diferencia das plantas artificiais, produzidas em materiais sintéticos, como plásticos e silicone, além da aparência nada verdadeira. É um tipo de procedimento que pode ser realizado desde arranjo de flores, folhagens e até árvores.
Com o emprego da alta tecnologia para desidratar as plantas, em seguida são adicionados alguns produtos químicos que fazem perdurar sua consistência e tingimento para manter a cor. “É como se parássemos essa planta no tempo”, diz ele. E embora não precise de tantos cuidados como as naturais, reparos pontuais são importantes para a conservação em um período que pode ser de 5 a 10 anos.
“Quando falamos de reparos, é bom lembrar que são apenas se e quando necessários, pois dispensam a limpeza convencional. Hoje em dia encontramos variedades até à prova de poeira, mas recomendamos sempre retirar o excesso, pelo menos duas vezes no ano, com um espanador”, adiciona.
Benefícios das plantas artificiais
Funcionais e versáteis, a utilização de plantas e flores para decorar projetos de interiores – prática também chamada de plantscaping –, é uma tendência com potencial de ganhar espaço em todos os estilos como recurso de paisagismo, revela a arquiteta Priscila Tressino, pois resulta na valorização máxima dos ambientes e remete a naturalidade no estar.
“Mas ao contrário das naturais, é recomendado que as plantas preservadas não recebam umidade, como o vapor de áreas como banheiros, chuva e incidência solar. Tudo isso por causa do tratamento dado às plantas preservadas”, ressalta.
Dentre os principais benefícios dessas queridinhas, estão:
- A dispensa da rega, poda, adubação e exposição solar;
- Baixa manutenção;
- Livre de insetos indesejados;
- Alta durabilidade;
- Feio sob medida;
- Absorção de ruídos excessivos.
Compondo os projetos
Como dito anteriormente, é uma proposta que pode compor todos os ambientes, principalmente, salas de estar, jantar, terraço, hall de entrada, lavabo ou banheiro sem ducha, recepção, salas de espera ou atendimento. E se ainda restam dúvidas de como escolher as espécies e composições de arranjos, a arquiteta e paisagista recomenda:
Para vasos
Espécies de folhagens e flores desidratadas, como: folhas de palmeira, ramos de trigo, folhas de eucalipto, junco, capim dos pampas, pinha, ramos de algodão, hortênsias, rosas, margaridas e lavanda;
Para cachepots
Buxinho, palmeiras variadas, cica, podocarpo, jabuticabeira, dracena, bambu, cerejeira;
Para jardim vertical
Avenca, samambaias, renda portuguesa, lambari, aspargo, chifre de veado, monstera, bromélia.
“É sempre bom ter em mente que a coloração predominantemente verde, somada às flores, gera uma atmosfera alegre, despojada e convidativa. Esse visual, de certa forma, cria uma espécie de estampa que dispensa a aplicação de revestimentos, papel de parede ou quadros.
Em propostas mais extravagantes, podemos lançar mão da identidade visual, tirando proveito do próprio destaque do jardim vertical, e assim aplicar frases, neon, até a logomarca da empresa sobre ele. Imagine um bar, restaurante, salão de beleza, onde todos querem tirar “aquela” foto instagramável? Fica lindo!”, finaliza Priscila.