Bem-estar

Suculenta: um guia completo da plantinha que nós amamos

Além de dominar o décor, elas são muito fáceis de cuidar: tudo que elas precisam é de muito sol e pouca água

por Redação Atualizado em 29 jan 2018, 16h15 - Publicado em
29 jan 2018
16h08

Cactos x Suculentas

Todo cacto é uma suculenta, mas nem toda suculenta é um cacto. “Os cactos representam o Novo Mundo, enquanto as suculentas vêm de regiões como África do Sul e Madagascar”, conta o paisagista Roberto de Sá.

As plantas, porém, são da mesma família. A diferença é que os cactos geralmente não têm folhas, armazenam água no caule rechonchudo, apresentam espinhos e uma maior diversidade de tamanhos – vão de dois cm a 15 metros de altura.

No cultivo doméstico, os especialistas recomendam um solo com muita areia para as duas espécies. “O excesso de umidade é fatal, por isso é bom garantir o escoamento de água preparando o vaso com uma camada de argila expandida e manta de drenagem”, explica a bióloga Assucena Tupiassu.

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(Ateliê Aquela Flor/Divulgação)
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Ficha técnica

Origem: regiões desérticas da África e América

Características: plantas resistentes. O nome ‘suculenta’ vem da capacidade de absorver e armazenar água nas folhas, caules, troncos e raízes.

Floração: quase todas as espécies florescem

Ambiente: seco e ensolarado

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(Reprodução/Pinterest)
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SOLO

Ao todo, existem cerca de 200 tipos de cactos e suculentas no Brasil. Por precisarem de pouca água, as espécies são ideias para o cultivo em casa e no escritório.

Na hora de cuidar das suculentas, comece preparando bem o solo. Prefira produtos orgânicos ricos em nutrientes, como torta de mamona e húmus de minhoca.

Não deixe pratinhos sob o vaso, pois o excesso de água favorece o apodrecimento das plantas. Elas precisam de solos bem drenados, por isso confira se o vaso que receberá a muda tem um canal de saída para a água. Ponha uma camada de argila expandida (cerca de 5 cm de altura) ou de cacos cerâmicos e cubra com manta de drenagem para impedir que a terra feche o orifício. Acrescente uma mistura de areia, terra e adubo orgânico (1:1:1) e enterre o torrão da planta.

Previna-se de possíveis pragas preparando uma receita com 100 g de fumo de corda fervido em 1 litro de água. Coe o líquido, reserve por dois dias e pulverize a planta a cada três meses.

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(Reprodução/Place of my taste)
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LUZ

As suculentas precisam de, no mínimo, quatro horas diárias de sol. Elas nunca devem ficar à sombra ou sob luz solar direta. Elas devem ficar próximas às janelas todos os dias para receber um pouco do sol que tanto gosta, mas nunca diretamente embaixo dele. É uma boa pedida mudá-las de lugar durante o dia, se possível.

Preste muita atenção no tamanho de sua planta. Suculentas que se tornam compridas, com folhas bem separadas e até um pouco desmilinguidas sofrem com falta de luz solar. A planta saudável é bem compacta.

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REGA

As suculentas têm essa aparência fofa, com folhas mais grossas, por causa dos depósitos de água que possui. Com muitas regas, ela fica sobrecarregada e apodrece facilmente. Para evitar que as raízes fiquem empoçadas, invista em vasos com furos e em uma mistura de areia com terra para drenagem.

Para saber quando regar é só prestar atenção no solo: deixe-o secar bem antes de regar novamente. Na dúvida, faça o teste do palito para checar se ele está seco, enfiando-o na terra até sua metade. Saindo seco, pode pegar a quantidade de água de um copinho descartável de café e colocar, devagar e com bom senso.

Segundo a paisagista Beatriz de Santiago, o ideal é molhá-las a cada 10 dias no verão e a cada 20 dias no inverno, mas a quantidade de regas sempre dependerá do tipo de solo, da drenagem, da estação e do clima – quem mora em regiões áridas, por exemplo, precisará dar água à planta com mais frequência. Manchas marrons são um bom indicativo de que algo está errado.

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(Reprodução/Pinterest)
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DICAS

1. Nunca trate todas as espécies da mesma maneira

Apesar dos cuidados gerais com suculentas serem muito parecidos, cada espécie possui necessidades um pouco diferentes – é assim com qualquer planta!  Portanto, na hora de comprar, pergunte sobre as particularidades da espécie para o vendedor.

2. Atenção, iniciante: não comece com as plantas coloridas

As variedades de suculentas roxas, laranjas e vermelhas são mais difíceis de cuidar nos interiores, crescendo melhor em jardins fora de casa. Para pequenos vasos em ambientes fechados, dê preferência para as verdes. A variedade dependerá do formato das plantas, e não da cor!

3. Não plante a suculenta em um vaso pequeno demais

Principalmente se você nunca cuidou de plantas antes e ainda não sabe dosar as regas, é importante deixar a suculenta em um vaso em que seja possível observar bem a terra. Por mais que seja lindo ver uma rosa de pedra (Echeveria elegans) combinada perfeitamente à circunferência de seu recipiente, fica impossível fazer o teste da umidade.

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O próprio ato de dar água à planta se torna mais complicado. O excesso de água preso entre as folhas, sem alcançar a terra, pode fazer com que elas apodreçam.

4. Não deixe uma planta muito próxima da outra no terrário

Esta regra, além de valer pelo mesmo motivo da acima, serve para garantir que cada planta tenha espaço suficiente para respirar. A proximidade exagerada também não deixa que a luz alcance igualmente todas as suculentas, podendo prejudicar a saúde de algumas delas.

5. Não use vasos fechados

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Vasos fechados não são recomendados para colocar suas suculentas se você ainda não é experiente com as regas. Isso porque a drenagem de água nesses casos não é efetiva, facilitando os erros na dosagem.

Prefira modelos com furos embaixo e sempre regue a planta fora do pratinho, deixando a água drenar o máximo possível antes de colocar o vaso de volta sobre ele.

Se você ama a beleza dos terrários, não ache que nunca poderá tê-los: alguns deles possuem furos próprios para drenagem e, com a prática e conhecimento sobre suas plantas, é possível usar os que não têm também.

6. Evite pedriscos brancos

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Eles nada mais são que mármore picado e, molhados, liberam um pó que faz mal para a planta. No lugar deles prefira coberturas naturais como casca de pinus e palha de arroz.

7. Corte o caule para replantar

As suculentas deram certo, você gostou muito e agora quer replantar? Fazer a muda é fácil: corte o caule da suculenta e deixe-o secar por dois dias – se ele for replantado imediatamente, encherá de fungos. Depois é só coloca-lo novamente na terra e esperar a planta “pegar”!

8. Não é necessário fazer poda

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As suculentas dispensam poda, mas admitem a admitem a retirada dos brotos em excesso, que poderão ser facilmente transplantados para outro recipiente.

9. Algumas espécies são tóxicas aos pets

As variedades da Aloe são tóxicas aos cães quando ingeridas. No geral, elas causam vômito, depressão, diarreia, falta de apetite, calafrios e mudanças na cor da urina. A flor-da-fortuna, uma suculenta charmosa com pequenas flores coloridas, parece inocente, mas não é: ela provoca vômito, diarreia e taquicardia.

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(Divulgação/Artefacto)
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ESPÉCIES

Conheça algumas espécies de suculentas:

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(Reprodução/Revista CASA CLAUDIA)

1. Aloe steudneri

As mudas da família vinda do Norte da Etiópia podem ser cultivadas solitárias ou em conjunto. Um dos cuidados é não adubar muito a terra, o que pode fazer com que a planta cresça exageradamente.

2. Aloe aristata

Originária da África do Sul, a espécie vive feliz em pequenos vasos e não se dá bem com o sol. Quando suas folhas afinam e se fecham, é sinal de que precisa de água.

3. Aloe cream

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Com pequenos espinhos nas extremidades, este tipo merece atenção em casas com crianças pequenas. Pode ficar até 15 dias sem água e é indicado regá-lo quando a terra estiver completamente seca.

4. Echeveria elegans

Sucesso entre os aficionados, exibe folhas semelhantes a pétalas de rosa. Ótima para terrários, ela pode atingir até 15 cm de diâmetro.

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