Linha Cuiabá inspira novas peças da Handred e Instituto Sergio Rodrigues
A criação do designer feita nos anos 1980 guia as peças apresentadas na SPFW; a marca também traz publicações com material inédito sobre Sergio
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A parceria entre a marca de moda carioca Handred, do diretor criativo André Namitala, e o Instituto Sergio Rodrigues lança em dezembro o último drop de peças inéditas da coleção Handred Sergio Rodrigues, além de uma publicação de arte, em formato de zine, que reúne registros do processo de desenvolvimento da marca e do Instituto e registros nunca antes publicados sobre a vida e obra do arquiteto e designer carioca.
![handred-sergio-rodrigues Linha Cuiabá inspira novas peças da Handred e Instituto Sergio Rodrigues](https://gutenberg.casa.abril.com.br/wp-content/uploads/2023/12/handred-sergio-rodrigues.webp?w=819)
A linha de mobiliário Cuiabá, desenvolvida por Sergio em 1985 para o Hotel Eldorado Cuiabá, em Mato Grosso, foi a porta de entrada para que André Namitala traduzisse o trabalho de Rodrigues em forma de vestuário – principalmente o Espelho Cuiabá, uma das mais icônicas peças da linha, o primeiro item com que o diretor teve contato, durante uma visita ao Shopping dos Antiquários, em Copacabana.
![sergio-rodrigues-01 Linha Cuiabá inspira novas peças da Handred e Instituto Sergio Rodrigues](https://gutenberg.casa.abril.com.br/wp-content/uploads/2023/12/sergio-rodrigues-01.webp?w=819)
“Sempre gostei do Espelho Cuiabá e o imaginava formando um xadrez. Antes mesmo de me aprofundar na pesquisa, essa estampa já estava pronta na minha cabeça”, revela o diretor da Handred. Estética, conforto, inovação e acabamento é o que une o mobiliário e as peças de roupa: o jogo entre círculos e retângulos do Espelho Cuiabá dá corpo a peças com acabamentos que mimetizam os esquadros do espelho de maneira variada e arrojada, sem abrir mão do conforto e da simplicidade preciosa tão caros aos dois criadores.
![sergio-rodrigues Linha Cuiabá inspira novas peças da Handred e Instituto Sergio Rodrigues](https://gutenberg.casa.abril.com.br/wp-content/uploads/2023/12/sergio-rodrigues.webp?w=819)
Desde o veludo de seda recortado a laser, que cria uma superfície têxtil de padronagem xadrez única, passando pela reprodução de espelhinhos de freijó unidos em pequenos nós com linha de pesponto, até a técnica de bordado Richelieu, todos apresentados no desfile na SPFW; vestidos, túnicas, camisas, regatas, calças e shorts compõem um verdadeiro tributo à versatilidade de Sergio Rodrigues.
![BOLSA-SARJA-PERSONAGENS_0107 Linha Cuiabá inspira novas peças da Handred e Instituto Sergio Rodrigues](https://gutenberg.casa.abril.com.br/wp-content/uploads/2023/12/BOLSA-SARJA-PERSONAGENS_0107.webp?w=819)
Os mini espelhos também se apresentam como cinto e nos primeiros brincos da marca, disponíveis em dois tamanhos. A nova linha inclui peças em seda e algodão coloridas pela estampa Cuiabá e chega às lojas e ao e-commerce da Handred a partir do dia 5 de dezembro.
Mini Doc e Zine
A colaboração entre a Handred e o Instituto Sergio Rodrigues conta também com uma produção cultural: além de um mini-doc sobre a pesquisa de criação de André nos acervos do Instituto e da marca de design de móveis Sergio Rodrigues Atelier e suas trocas com Fernando Mendes e Renata Aragão, responsáveis pelo legado de Sergio nesses dois lugares, a Handred lança no dia 9 de dezembro uma publicação de arte em formato de zine que reúne visões sobre o processo criativo compartilhado entre marca e Instituto, apoiadas por materiais inéditos sobre a vida e obra de Sergio Rodrigues.
Um texto afetuoso de André sobre suas primeiras impressões desse legado está na publicação, assim como um registro de Fernando Mendes sobre a influência da moda na vida de Sergio e as intersecções nas formas de criação dele e de André. A publicação é pontuada por cliques sensíveis do desenvolvimento das coleções e da pesquisa assinados pelos fotógrafos Ruy Teixeira e Demian Jacob.
Um dos textos de destaque é o assinado pela crítica de artesanato Adélia Borges sobre os processos manuais presentes na coleção. Outro é o relato da curadora e pesquisadora Lígia Nobre sobre uma entrevista que fez com Sergio em 2014, ano de sua morte, e que nunca chegou a ser publicada.