A cor cinza é uma opção atemporal e versátil para quem deseja renovar a pintura das paredes, revestir o chão de casa, decorar apartamentos ou escritórios. Por muitas vezes, essa cor foi associada a sensações negativas. Mas, há quem goste dos dias mais nublados, não é mesmo?
Com o passar do tempo, o cinza ganhou muitos significados positivos na decoração de projetos de arquitetura, como sofisticação e elegância. Sendo uma cor neutra, é uma opção interessante para aqueles que gostam de ambientes mais despojado e sem excessos.
Além de expressar uma frequência mais clean, o cinza é muito fácil de combinar com outras tonalidades. Em doses coerentes, ele consegue trazer aconchego para ambientes frios ou claros. Para quem quer praticidade, principalmente no piso, é uma cor que não aparenta a sujeira. Além disso, para os pais de pet que soltam muito pelo, é uma ótima opção.
Junto a todos esses atributos, os tons de cinza trazem estabilidade para a rotina diária e podem, segundo o Feng Shui, auxiliar em relações pessoais. Leia as dicas que o arquiteto Bruno Moraes, proprietário do Studio BMA, deu sobre a cor.
O que transmite a cor cinza?
Podemos considerar o cinza uma cor intermediária entre o branco e o preto. Apesar de não ser uma das escolhas mais populares, ela transfere para o ambiente sutileza, versatilidade e sofisticação. Bruno Moraes, explica que a tonalidade contribuir de várias formas para um ambiente, sendo positivas e negativas.
“O cinza pode trazer sensações aconchegantes quando utilizado em lugares claros. Por outro lado, quando usado demasiadamente em tons mais escuros, pode transformar o ambiente em um espaço mais recluso”, afirma Bruno.
Para ele, assim como a cor branca representa paz no ocidente e morte no oriente, o cinza expressa uma dualidade interessante e que precisa de cuidado e atenção para ser utilizada da melhor maneira.
Segundo o proprietário do Studio BMA, dependendo da proporção aplicada em um ambiente e à questão cultural do morador, a cor cinza vai transmitir frequências diferentes.
Quais cores combinam com cinza?
O cinza tem a facilidade de poder ser aplicado em diversas combinações e permitir composições criativas. Porém, o arquiteto Bruno Moraes tem as suas preferências.
Segundo o profissional, a tonalidade conversa muito bem com o preto e tons amadeirados. O próprio branco – que entendemos como ausência de cor -, quando combinado com tons mais claros de cinza, permite um efeito interessante. “Gosto muito de utilizar o cinza bem clarinho em paredes com forro de gesso e rodapés brancos”, ele acrescenta.
Em quais estilos de decoração podemos incluir o cinza?
A cor cinza pode ser utilizada em todos os estilos de decoração, porém, atualmente é muito utilizada no estilo industrial. “Nesse estilo, ele aparece com mais presença, principalmente nas lajes aparentes, cimento queimado, vigas e pilares em concreto armado”, explica Bruno.
Como usar o cinza de uma forma criativa na decoração?
Por ter uma diversidade de tons, o cinza pode agregar muito ao decór. Podemos utilizá-lo em cimento queimado nos móveis, em um objeto de decoração, no piso, teto, paredes e até em portas.
Nesse momento, agrupar referências de composições que nos agradam é uma boa opção. “Uma dica interessante é que alguns aplicativos de fabricantes de tintas fazem simulações utilizando fotos tiradas do celular, de como a parede ficará se pintar com uma determinada cor. Para quem está inseguro, a simulação pode ajudar bastante!”, pontua o proprietário do Studio BMA.
Como o cinza contribui para a leveza de um ambiente?
A resposta é: de inúmeras formas! As tonalidades mais claras são mais utilizadas quando a proposta do ambiente é expressar leveza. É claro que, com tons mais escuros é necessário cuidado. A recomendação é que eles apareçam pouco e sejam combinados com tons mais claros, criando um perfeito equilíbrio entre eles.
Como trabalhar com mais de um tom de cinza?
O arquiteto comenta que em seu Studio, a técnica de utilizar diferentes tonalidades de cinza é bastante utilizada. “Gosto de usar a técnica de ter tonalidades próximas, como um ‘tom sobre tom’, gerando contraste entre tons mais claros e escuros.
Dependendo da proposta, quando queremos criar ambientes mais sóbrios, predominamos a cor. Em contrapartida, em ambientes mais vivos, preciso entrar com outra cor como destaque e deixar o cinza como um ‘plano de fundo’”, acrescenta Bruno.