No Brasil, faz pouco tempo que o drywall (chapas de gesso presas em perfis de madeira ou de metal) começou a ser usado na divisão interna das moradias – e a técnica já ganhou a pecha de cara, frágil e ruim para atenuar o barulho. Essa constatação distorcida decorre de inúmeros casos em que o drywall foi executado por mão de obra pouco qualifcada e sem planejamento prévio. Afinal, na realidade a técnica permite inserir reforços onde for preciso (para suportar bancadas e móveis pesados, por exemplo) e tem o desempenho acústico muito melhorado se adotadas mantas de lã mineral no miolo das paredes, além de mais chapas para engrossar as divisórias. Com o drywall a obra fca rápida, limpa e diminui o desperdício de cimento e areia, blocos ou tijolos. Por ser leve, também alivia as fundações e a estrutura, com impacto no custo da construção como um todo (veja essa economia na tabela abaixo). Confira a seguir a comparação entre o gesso acartonado e dois tipos de alvenaria convencional (bloco e tijolo cerâmicos) – e repare que todas as configurações apresentam desempenho acústico semelhante. O cálculo considerou 135 m² de paredes internas do sobrado de 227 m² usado como referência para o Índice A&C.(Márcio Moraes, arquiteto)
Três opções com boa acústica
Comparação revela diferenças de agilidade e custo na construção de um sobrado de 227 m²
* Valores pesquisados em abril de 2013 em São Paulo.