Seja ao construir ou reformar, uma etapa importante do projeto é definir qual será a altura das bancadas de banheiro, lavabo e cozinha. A partir daí, é possível escolher os acabamentos como a cuba e a torneira ou misturador. Essa definição é essencial porque eles se complementam não só para uma boa funcionalidade desses espaços, mas também na decoração como um todo, já que cada vez mais os acabamentos são desenvolvidos e aplicados como peças de design.
A atenção a esses detalhes previne imprevistos como a bancada ficar pouco acima ou abaixo do ideal para a rotina dos moradores, prejudicando também o uso da torneira e da cuba. Com a ajuda da empresa Fani e da arquiteta Natália Salla, mostramos dicas para acertar na altura da bancada.
Banheiro
A altura ideal de qualquer bancada é a que melhor se ajustar ao uso que os moradores darão àquele cômodo. Não considerar esses fatores pode implicar em bancadas cujo o uso acaba se tornando desconfortável ao longo do tempo.
“Em média, utilizamos como referência no escritório um intervalo de 90 a 94 cm para altura da bancada de banheiro, mas também já fizemos bancadas mais baixas para crianças, por exemplo”, explica a arquiteta Natália Salla.
O modelo de cuba também faz toda a diferença na hora de definir a bancada. “Se for uma cuba de apoio, a bancada deverá ser mais baixa, para que a altura total do piso ao topo da cuba seja a adequada para os moradores que farão uso do espaço”, comenta Natália Salla.
Definida a altura da cuba e da torneira, você tem mais segurança para assim escolher uma torneira ou misturador adequado para aquele conjunto. “O ideal é utilizar torneiras ou misturadores de bica baixa nas cubas de embutir ou de semi-encaixe e os de bica alta quando a cuba é de apoio ou de sobrepor”, explica o gerente industrial da Fani, Sergio Fagundes.
Lavabo
O lavabo impõe um desafio a mais em relação aos banheiros não só para definir as bancadas, mas também a decoração. Como se trata de um ambiente social, precisa ser agradável para o dia a dia e o gosto dos moradores como também receber com conforto e encantar visualmente os visitantes. A dica dos profissionais é analisar a altura dos parentes e do círculo de amizades que costumam frequentar a casa mais vezes.
“Se a estatura média dos amigos e familiares que visitam a casa for alta, a bancada precisa ser adequada, e o mesmo vale para pessoas mais baixas. Para alturas medianas, por volta de 1.70 metro, recomendamos que o topo da cuba esteja de 90 a 92 cm do piso acabado”, explica Natália Salla.
Outro detalhe importante em lavabos é ter atenção extra à ficha técnica dos metais: a área de superfície da bancada costuma ser menor do que em banheiros e pode faltar espaço para instalar alguns tipos de torneiras e misturadores. “Misturadores podem ter comando único ou duplo para oferta de água quente e fria. Em lavabos, pode faltar espaço na bancada para as furações de duplo comando ou para encaixar todos os componentes abaixo dela. Neste caso, você pode considerar também instalações na parede” orienta Fagundes.
Cozinha
Quem costuma cozinhar com mais frequência e como costuma fazer isso são algumas das perguntas que todos devem se fazer ao planejar essa etapa. “Há muito a se considerar na cozinha. Se existe o hábito de cozinhar sentado, a altura deverá ser adaptada conforme essa necessidade”, exemplifica Natália Salla. “Em média, trabalhamos com bancadas de pia de cozinha entre 90 e 94 cm, mas já fizemos bancadas com 1,10 m para cliente com mais de 2,00 m de altura, por exemplo. O segredo é personalizar”, completa a arquiteta.
Outro cuidado específico de cozinha é se atentar à relação cuba/torneira. Além da flexibilidade de direcionar o jato d’água por meio da bica móvel, esse ambiente requer uma altura mais generosa entre a bica e a válvula de escoamento da cuba. “O ideal é que essa diferença entre a bica e a válvula seja de pelo menos 30 cm, pois é uma margem mais confortável para manusear e lavar utensílios, panelas e alimentos com facilidade”, orienta Fagundes.