Loft de 70 m² ganha décor industrial inspirado em Nova York
Ambientes integrados, tijolos aparentes, cimento queimado e cobogós marcam o projeto de Rafael Mirza
“Um toque nova-iorquino e que seja adequado para ser ter animais em casa. De resto, use sua criatividade”. Essas foram a diretrizes que o arquiteto Rafael Mirza recebeu do amigo de colégio – e agora cliente, ao assumir o projeto de um loft de 70 m². O imóvel fica localizado no bairro do Humaitá, zona sul do Rio de Janeiro.
Mesmo tendo carta branca para conduzir livremente a obra e o décor, Rafael buscou entender um pouco dos gostos e anseios do morador e descobriu que, para ele, um jovem solteiro que moraria com seus pets (uma gata e um cachorro), ter espaços revestidos por tijolinhos seria de total agrado.
Rafael explica que um dos primeiros passos foi pensar na integração e no melhor aproveitamento dos espaços e, assim, trazer amplitude para o apartamento. Para isso, a planta precisou ser totalmente modificada.
“Começamos por demolir um dos quartos e ampliar a sala. O antigo corredor de acesso aos dois quartos foi anexado à suíte. Na sala, abrimos dois vãos de portas na parede da TV. Eles dão acesso a um escritório, integrando esses dois espaços, mas mantendo-os separados, com a possibilidade de privacidade quando fechadas essas portas”, conta.
Para a cozinha, anexa à sala, a proposta foi integrar com a sala, tornando-a uma cozinha americana, evidenciando a influência nova-iorquina no projeto. O antigo banheiro de empregada foi revertido para se tornar um lavabo com chuveiro.
“Para não termos uma porta de banheiro abrindo na sala, o que não fica bacana, criamos uma parede de cobogós isolando a porta do lavabo e a porta de entrada social do restante da sala que engloba jantar, estar, TV, cozinha americana e área de serviço. Essa solução criou um mini hall de entrada dando privacidade para banheiro e eventuais recebimentos de correspondências e delivery”, explica Rafael.
A suíte também foi modificada com a ampliação do quarto e do banheiro para o antigo corredor de acesso aos quartos. Mantendo o conceito aberto, o banheiro não tem porta (a não ser a cabine destinada ao vaso) e, na cabine do chuveiro, há um grande visor de vidro voltado para o quarto, reforçando essa integração.
O cimento queimado protagoniza em diferentes ambientes do imóvel, como nas paredes da cozinha, onde recebeu uma demão de verniz para deixa-lo impermeável, e nos tetos da sala, cozinha, área e escritório.
“O preto entrou como escolha natural para continuarmos com a base neutra seguindo o conceito industrial”, afirma o arquiteto.
A cor preta foi usada nas luminárias, em duas paredes da sala e em detalhes do rebaixo de gesso, onde foi possível setorizar os usos das salas (jantar, estar e TV).
“Essa setorização projetada apenas pelos revestimentos e mobiliários, sem divisórias, foi reforçada com a introdução da madeira de demolição nos pisos e tetos do hall social e do escritório”, finaliza.
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