O projeto deste apartamento de 62m² é assinado pelo Studio Leandro Neves.
“O proprietário é um investidor que já fez diversos projetos e obras comerciais e residenciais conosco. A moradora, neste caso, é a arquiteta Kamilla, que fazia parte da equipe do nosso escritório quando o imóvel foi reformado, tendo, ela própria, participado de todo o processo. Ao final, ela resolveu alugar o apartamento para morar com a irmã Mercedes, que é professora universitária, e o gato persa Juanito”, conta Leandro.
Por se tratar de um imóvel antigo, a modernização e readequação da planta para os dias atuais foi o principal pedido do novo proprietário. Como a finalidade do projeto era locação, a proposta foi fazer um apartamento heterogêneo e prático para atender a inquilinos com os mais variados perfis.
A planta original era comprida, cheia de corredores e cômodos pequenos, com um “cachimbo” na sala (típico dos prédios erguidos em Copacabana nas décadas de 60 e 70), que comprometia não só a ventilação como também a iluminação natural do espaço.
“Criamos uma planta em plano aberto, eliminando o longo e estreito corredor da entrada, que agora sai direto na cozinha aberta para a sala, separadas apenas por um grande balcão.
Também eliminamos o quarto de serviço para criar um segundo banheiro que não existia no imóvel, transformando um dos quartos em suíte. Já os quartos originais sofreram alterações pontuais para aumentar áreas de armário e home office, demandas que foram incorporadas ao novo morar”, conta o arquiteto.
No que se refere à decoração, que segue um estilo contemporâneo atemporal, é tudo novo. O Studio apostou em uma base neutra em tons de cinza para todos os cômodos, combinando com materiais naturais e piso amadeirado para aquecê-los, quebrando assim a frieza e a impessoalidade comuns em imóveis de locação.
A sala apresenta diversas tonalidades de rosa que vão esmaecendo até tonalidades crus e naturais. Já a escolha dos móveis e a produção dos interiores foram pensadas para atender às necessidades das inquilinas, priorizando móveis soltos e versáteis que pudessem ser readequados em futuros endereços.
Na sala, por exemplo, se destacam algumas peças assinadas por designers brasileiros expoentes de três gerações: a poltrona Iaiá (de Gustavo Bittencourt), a luminária Less F (de Fernando Prado) e o banco Mocho (de Sérgio Rodrigues).
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