O casal, na faixa dos 60 anos, que morava na Bélgica (ele belga, ela brasileira), decidiu se mudar para o Rio de Janeiro. Quando os filhos saíram de casa, eles ficaram sozinhos em uma cobertura triplex de 500 m², em Ipanema, e decidiram mudar para um apartamento menor, no mesmo bairro.
Encontraram este apartamento de 156 m² em um prédio charmoso dos anos 50 e chamaram a arquiteta Patricia Marinho para conduzir a reforma.
A arquiteta buscou criar espaços confortáveis, dinâmicos, integrados e de fácil manutenção. O layout do projeto teve como ponto de partida as obras de arte e móveis clássicos de época, herdados de família, que passaram a conviver de forma harmoniosa com móveis, luminárias e objetos de estilo contemporâneo, todos adquiridos especialmente para o novo lar do casal.
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“Essa dinâmica de co-existência do antigo e do novo norteou o projeto”, avalia a arquiteta.
Como eles são donos de uma coleção de mobiliários e peças de arte flamenga do século XVII e XVIII, o principal desafio da arquiteta foi acomodar as principais obras no novo lar do casal. Outro pedido importante era fazer os espaços ficarem bastante confortáveis e descontraídos. “Costumo brincar que a família do belga é mais velha do que o Brasil”, conta Patricia Marinho.
A arquiteta fez uma abertura na parede onde fica o home office para instalar uma ampla janela que dá para a varanda da sala, com vista para o verde do pátio interno do prédio. Um dos quartos foi anexado ao living para ampliar a área social, que passou a ter 82 m², e a cozinha foi integrada à sala de jantar, com a possibilidade de ser isolada, quando necessário.
A madeira escolhida foi a mesma do parquet existente, em peroba-do-campo, promovendo assim o máximo de integração visual com elementos originais do imóvel. As paredes em tom off white e o bege presente em algumas marcenarias ajudaram a destacar e valorizar as obras de arte.
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Mezanino é transformado em quarto nesta cobertura de 95 m²
