Casa no campo une arquitetura sustentável e integração com a natureza
O projeto investe em matérias-primas naturais, mínima interferência no terreno, conforto térmico e autonomia na geração de energia
Rodeada por um labirinto de montanhas em Catuçaba, interior de São Paulo, esta casa é ímpar de todos os pontos de vista. Construída sobre a premissa de tornar o consumo energético eficiente e ao mesmo tempo oferecer conforto ao usuário, a residência atinge esses valores usando como base a simplicidade e a natureza local. O projeto do Studio MK27 tem autoria do arquiteto Marcio Kogan e co-autoria do arquiteto Lair Reis.
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Cerca de 1.500 m acima do nível do mar, a construção de 309 m² está localizada em um terreno acidentado. A fim de reduzir a interferência na área, a estrutura pré-fabricada, feita em madeira certificada pelo selo do Conselho de Manejo Florestal (FSC), não toca diretamente o solo: 16 pilares de tubulões de concreto mantêm a casa suspensa.
![mk27_catuçaba_fernando guerra_medium_JPEG (9)](https://gutenberg.casa.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/04/mk27_catuc3a7aba_fernando-guerra_medium_jpeg-9.jpg?quality=95&strip=info&w=1024)
Janelas do chão ao teto se abrem para os extensos terraços e o controle de luz solar é feito com telas de eucaliptos que percorrem toda a largura do imóvel. No interior da residência, o piso é de tijolo maciço, a matéria-prima é terra do próprio terreno – o elemento também é usado nos muros laterais de adobe, que delimitam o espaço da casa.
![mk27_catuçaba_fernando guerra_medium_JPEG (2)](https://gutenberg.casa.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/04/mk27_catuc3a7aba_fernando-guerra_medium_jpeg-2.jpg?quality=95&strip=info&w=1024)
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As divisórias entre os cômodos são feitas de wood frame e têm isolamento de lã de PET reciclado, o material é ambientalmente correto, assim como o impermeabilizante de água usado nos banheiros.
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O conforto térmico é garantido pelas soluções adotadas durante a construção. No calor, o alinhamento das aberturas promove a circulação cruzada de ar. No frio, o recheio isolante das divisórias e as esquadrias com vidro duplo asseguram a temperatura agradável. Já nos dias mais gelados, as salamandras à lenha entram em ação.
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Um dos charmes da casa está na cobertura, a plataforma de madeira foi coberta com vegetação. O recurso integra o imóvel ao entorno recompondo a área de terreno sombreada por ele. O local também abriga placas solares térmicas e fotovoltaicas.
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Isolada em uma área agrícola, a construção não tem acesso às redes tradicionais de abastecimento. A energia é gerada por placas solares e uma turbina eólica que completa o sistema. A produção de ambas as fontes é armazenada em baterias localizadas sob a casa. É também abaixo dela que ocorre o tratamento de esgoto, feito sem uso de produtos químicos. Sistemas integrados para coletar a chuva e tratar águas residuais ajudam a irrigar o jardim, os moradores obtêm água potável de uma nascente próxima.
![mk27_catuçaba_fernando guerra_medium_JPEG (41)](https://gutenberg.casa.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/04/mk27_catuc3a7aba_fernando-guerra_medium_jpeg-41.jpg?quality=95&strip=info&w=1024)
O projeto leva afinco o ideal de materializar a sustentabilidade não só através de iniciativas técnicas, mas também na integração com o contexto do entorno. A construção foi certificada pelo Green Building Council Brasil no nível Platina, o mais alto da certificação.
![mk27_catuçaba_fernando guerra_medium_JPEG (17)](https://gutenberg.casa.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/04/mk27_catuc3a7aba_fernando-guerra_medium_jpeg-17.jpg?quality=95&strip=info&w=1024)
![mk27_catuçaba_fernando guerra_medium_JPEG (23)](https://gutenberg.casa.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/04/mk27_catuc3a7aba_fernando-guerra_medium_jpeg-23.jpg?quality=95&strip=info&w=1000)
![mk27_catuçaba_fernando guerra_medium_JPEG (51)](https://gutenberg.casa.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/04/mk27_catuc3a7aba_fernando-guerra_medium_jpeg-51.jpg?quality=95&strip=info&w=1024)