Casa em São Paulo é cheia de patamares e possui um lindo jardim
Contrariando a vocação da cidade onde está fincada, esta residência paulistana foi erguida sem pressa. A geometria precisa, finalizada com acabamentos nobres, resulta em cenários tranquilos e elegantes, recheados de arte
![](https://gutenberg.casa.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/11/01-casa-arquitetura-ambiente-tranquilo.jpeg?quality=95&strip=info&w=449&w=636)
![](https://gutenberg.casa.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/11/02-piscina-casa-arquitetura-ambiente-tranquilo.jpeg?quality=95&strip=info&w=448&w=636)
![](https://gutenberg.casa.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/11/03-casa-arquitetura-ambiente-tranquilo.jpeg?quality=95&strip=info&w=928&w=636)
![](https://gutenberg.casa.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/11/04-casa-arquitetura-ambiente-tranquilo.jpeg?quality=95&strip=info&w=901&w=636)
![](https://gutenberg.casa.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/11/05-casa-arquitetura-ambiente-tranquilo.jpeg?quality=95&strip=info&w=447&w=636)
![](https://gutenberg.casa.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/11/06-casa-arquitetura-ambiente-tranquilo.jpeg?quality=95&strip=info&w=447&w=636)
![](https://gutenberg.casa.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/11/07-casa-arquitetura-ambiente-tranquilo.jpeg?quality=95&strip=info&w=450&w=636)
![](https://gutenberg.casa.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/11/08-casa-arquitetura-ambiente-tranquilo.jpeg?quality=95&strip=info&w=445&w=636)
![](https://gutenberg.casa.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/11/09-casa-arquitetura-ambiente-tranquilo.jpeg?quality=95&strip=info&w=434&w=636)
![](https://gutenberg.casa.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/11/10-casa-arquitetura-ambiente-tranquilo.jpeg?quality=95&strip=info&w=435&w=636)
![](https://gutenberg.casa.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/11/11-casa-arquitetura-ambiente-tranquilo.jpeg?quality=95&strip=info&w=433&w=636)
![](https://gutenberg.casa.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/11/13-casa-arquitetura-ambiente-tranquilo.jpeg?quality=95&strip=info&w=450&w=636)
![](https://gutenberg.casa.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/11/14-casa-arquitetura-ambiente-tranquilo.jpeg?quality=95&strip=info&w=912&w=636)
![](https://gutenberg.casa.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/11/15-casa-arquitetura-ambiente-tranquilo.jpeg?quality=95&strip=info&w=898&w=636)
![](https://gutenberg.casa.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/11/16-casa-arquitetura-ambiente-tranquilo.jpeg?quality=95&strip=info&w=915&w=636)
![](https://gutenberg.casa.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/11/17-casa-arquitetura-ambiente-tranquilo.jpeg?quality=95&strip=info&w=898&w=636)
![](https://gutenberg.casa.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/11/12-casa-arquitetura-ambiente-tranquilo.jpeg?quality=95&strip=info&w=684&w=636)
Da prancheta à mudança, passaram-se quase três anos. O ritmo cadenciado seguiu o compasso do morador, que inaugurava outra fase de vida com o fim de um relacionamento. Assim como a nova rotina, a casa começaria do zero. A decisão de construí-la abria muitas possibilidades, a exemplo da desejada garagem subterrânea e da piscina em formato de raia. “O terreno, livre, era uma folha vazia. Prato cheio para quem, como eu, gosta de trabalhar à moda antiga, com régua paralela, papel e lápis. Estudamos a melhor maneira de implantar a construção, escolhemos os materiais e cuidamos de cada detalhe, da fundação às arandelas”, lembra Domingos Pascali, autor do projeto e sócio do escritório paulista Pascali/Semerdjian Arquitetura.
O planejamento para evitar problemas com a umidade se fez essencial, já que o lote está numa região da cidade conhecida pelo lençol freático raso e parte da morada ficaria no subsolo. “Contamos com a consultoria de um engenheiro especializado para criar uma laje de subpressão, espécie de berço enterrado a 7 m de profundidade que isola a base da casa”, detalha o arquiteto. Cheia de patamares intermediários, a obra usa com maestria as diferenças de altura de pé-direito e encaixe de ambientes para formar um delicado jogo de liberdade e aconchego. A começar pela sala – ampla e aberta para a varanda –, que guarda um segredo sob a área reservada à lareira: a rampa da garagem. “Elevamos o pavimento para a passagem dos veículos, mas, logo adiante, já era possível fazer um rebaixo, que se revelou um canto acolhedor para o estar”, observa Domingos.
A alvenaria pintada de branco funciona como pano de fundo para destacar a coleção de arte do morador e se prolonga até o lado externo, fazendo a integração do interior ao jardim. Lá fora, além dos vasos com pés de romã, o paisagismo de Renata Tilli dedicou espaço a esculturas. “As peças foram posicionadas de forma que permanecessem leves em meio ao verde”, conta Renata. Quem vê o conjunto tem a impressão de que a casa convida a uma pausa. Diante de sua equilibrada estrutura, dos altos e baixos sem sobressaltos, o desejo é se entregar à contemplação das plantas, do acervo e dos reflexos azuis da água no teto claro da sala. Sem pressa. Como a vida deveria ser.