Um terreno de 5 mil m², em um condomínio em Itaipava, distrito de Petrópolis, na região serrana do Estado do Rio de Janeiro, foi uma verdadeira tela em branco para a dupla Cecilia Teixeira e Bitty Talbot, do escritório Brise Arquitetura, desenvolverem do zero um projeto de casa de campo, com 480 m² de área construída.
O casal já havia feito um projeto com a Brise Arquitetura, do apartamento onde eles moram no Rio de Janeiro, e tiveram bastante sinergia; com a demanda por construir uma casa de campo, buscaram novamente as arquitetas.
A casa é dividida em três blocos: no centro, fica o bloco da área social, que reúne sala, cozinha, área gourmet e varanda; à direita, é o bloco da área íntima, com quatro suítes e rouparia; à esquerda, fica o bloco com área de serviço, garagem e depósito, voltados para os fundos da casa, além de sauna e lavabo voltados para a piscina.
A área externa ainda dispõe de uma lareira ao ar livre. “O conceito do projeto é que fosse uma casa transparente dentro do terreno, com ambientes integrados entre si e com o jardim. Para isso, fizemos os blocos separados e usamos grandes janelas e fechamentos em vidro para trazer o exterior para dentro da casa. Os clientes adoraram essa ideia”, conta Cecilia.
Essa proposta predomina especialmente na área social: “quando você entra na sala, você vê através dela, vê o jardim do outro lado. O pé-direito alto, com madeiramento do telhado aparente, reforça a sensação de amplitude”, descreve Bitty.
Para compor os interiores com toda essa interferência externa, a paleta de cores adotada é suave e natural, com elementos em madeira na sala e na varanda gourmet, e toques de verde na cozinha, que ganhou armários laqueados nessa cor. A casa inteira tem o mesmo piso, um porcelanato cinza-claro, em prol da praticidade e facilidade de manutenção.
A cozinha foi pensada especialmente para a cliente, que ama cozinhar: ela é totalmente aberta para a sala de jantar e dispõe de uma ilha central, onde as pessoas podem se acomodar e interagir durante o preparo das refeições.
Já os quartos contam com maior privacidade, mas continuam integrados ao jardim por portas que abrem para fora da casa. “Fizemos também uma passagem entre os blocos da área social e íntima como se fosse um corredor transparente, com vidro nas laterais e no teto, com cobertura de palhinha. Por ali, você também pode acessar o jardim da piscina”, explica Cecilia.
Quanto à decoração, as arquitetas contam que não seguiram nenhum modismo ou estilo pré-determinado. “Trata-se de uma casa pensada para ser confortável e acolhedora”, afirma Bitty. No mobiliário, foram aproveitadas algumas peças de acervo dos moradores, além de um garimpo feito pelo próprio cliente, que tomou a frente para comprar tudo.
“Fazíamos um caderno de referências e ele procurava pelos móveis, equipamentos e luminárias correspondentes que achasse mais em conta”, relembra a arquiteta.
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